Africell descrita como “tecido de ligação” no projecto de investimento do Corredor do Lobito 


Declarações do Conselheiro Presidencial Sénior dos EUA em evento para autoridades norte-americanas e africanas durante a Assembleia Geral das Nações Unidas



20 de Setembro 2023 - O Conselheiro Sénior do Presidente dos EUA para Energia e Investimento destacou a contribuição da Africell para a campanha de dinamização do desenvolvimento digital de África através da Parceria para Infra-estruturas e Investimento Global (PGII), descrevendo os seus serviços digitais em Angola, RDC e outros países africanos como o “tecido de ligação” do projecto.


Image: Amos J Hochstein, Senior US Presidential Advisor for Energy and Investment


Falando à margem da 78ª Assembleia Geral Anual das Nações Unidas, em Nova Iorque, Amos Hochstein explicou que, com a ajuda do financiamento direccionado do governo dos EUA, os investidores do setor privado, como a Africell, podem ter um impacto acelerado na África Subsaariana. 

Referindo-se ao mais recente mercado operacional da Africell, Hochstein disse: “A Africell liga os pontos porque, com um investimento relativamente modesto do governo dos EUA, conseguiu lançar-se e crescer rapidamente, proporcionando aos consumidores angolanos novas e valiosas capacidades móveis”.

Sob a égide do PGII, os Estados Unidos e outros governos do G7 (além da UE e uma série de instituições financeiras internacionais e fundos soberanos) pretendem desbloquear centenas de milhares de milhões de dólares para investimento em mercados emergentes como o Corredor do Lobito, com foco na melhoria da conectividade digital, no aumento da igualdade de género e na elevação dos padrões ambientais.


Segundo Hochstein, o conceito do Corredor do Lobito (que liga Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia) é construído em torno de uma visão de um sistema de transporte integrado através do qual os minerais críticos da RDC e da Zâmbia podem ser transportados para os mercados globais por comboio e navio: uma opção mais barata, mais limpa e mais rápida do que o atual processo rodoviário. Hochstein argumentou que o projecto consiste na utilização de infra-estruturas digitais e físicas para “ligar África a si mesma e aos mercados internacionais, aumentando assim o comércio, reduzindo preços e apoiando tanto os interesses locais como os dos EUA”.


O estatuto do Corredor do Lobito como modelo de investimento internacional colaborativo em regiões específicas está a ganhar força. Na Cimeira do G20 na Índia, no início de Setembro, o Presidente Joe Biden descreveu-o como um “investimento regional revolucionário”. Ao dirigir-se à Assembleia Geral da ONU no dia 19 de Setembro, defendeu que o Corredor do Lobito irá “impulsionar a conectividade regional e fortalecer o comércio e a segurança alimentar em África”. O modelo do corredor económico consiste em estrategicamente estratificar investimentos transformadores em múltiplos sectores, de modo a intensificar o desenvolvimento económico, proteger as cadeias de abastecimento e aprofundar a conectividade regional.


Na qualidade de única operadora de redes móveis de direito americano em África, e sendo beneficiária de financiamento da Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC) dos Estados Unidos, a Africell é o exemplo das oportunidades que existem para empresas privadas se conectarem a iniciativas de investimento multilaterais, como o PGII/ Corredor do Lobito. 


A Africell associou-se recentemente à USAID num projecto de 5 milhões de dólares para aumentar o acesso ao dinheiro digital em Angola, um país que, apesar de ter um sector bancário maduro e uma economia relativamente grande, está entre os mais baixos de África no índice de prevalência de dinheiro digital da GSMA . Mais além, na Serra Leoa, a Africell ganhou uma doação de 1 milhão de libras da Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos (USTDA) para explorar a expansão do fornecimento de Internet de banda larga naquele país da África Ocidental – uma colaboração com o objectivo de promover tanto a agenda do PGII como a Iniciativa de Transformação Digital de África, do governo americano.


Amos Hochstein, que é conselheiro sénior do Presidente Biden e um dos principais arquitectos do PGII, falava num evento organizado pela Africell, em Nova Iorque, para funcionários, investidores, académicos e jornalistas interessados na intersecção do PGII com o Corredor do Lobito. À medida que o programa ganha força, o evento serviu de uma oportunidade para estabelecer o alinhamento entre as partes interessadas dos Estados Unidos, Angola, RDC, Zâmbia e outros países.



Image: Dr Lawrence Mwananyanda, Zambia’s National Security Advisor


A falar em nome do Governo da Zâmbia, o Conselheiro para Segurança Nacional do país, Lawrence Mwananyanda, disse que uma melhor conectividade digital é um objectivo fundamental do envolvimento da Zâmbia no Corredor do Lobito. “A Zâmbia passa a estar ligada ao mar, em vez de continuar sem litoral”, disse. “O investimento em infraestruturas digitais, transportes e outras infraestruturas essenciais vai trazer enormes benefícios, tanto para nós como para os nossos parceiros comerciais em todo o mundo. Estamos entusiasmados por trabalhar com os Estados Unidos para identificar e atrair operadores de qualidade do sector privado, que possam trabalhar com empresas locais para criar empregos locais, melhorar competências e criar oportunidades, e vimos que o PGII/Corredor do Lobito é um veículo eficaz para isso”, afirmou.


Estiveram presentes no evento representantes de outras empresas que operam na região do Corredor do Lobito, incluindo a Ivanhoe Mines, que supervisiona projectos mineiros críticos na RDC, e a Carrinho, uma empresa alimentar angolana pioneira em novos padrões regionais de originação, processamento, armazenamento, distribuição e marketing de alimentos.

 


Image: the event was attended by almost one hundred senior officials, investors, scholars and journalists


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