20 de março de 2024, Londres | Qual é a relação em África entre crescimento económico e expressão criativa? Segundo o actor, músico e empresário Idris Elba, a ligação é forte e directa.
"Em África, as indústrias criativas são vistas como um negócio não sério", explicou Elba num painel de discussão organizado pela Africell Impact Foundation e pela Sotheby's em Londres, a 20 de março. Mas se os investidores e os líderes políticos mudarem esta atitude, as artes podem tornar-se um "importante motor de crescimento económico" no continente, sobretudo devido aos postos de trabalho que criariam nas áreas da logística, tecnologia, construção e turismo.
O evento, que coincidiu com a exposição bi-anual de Arte Africana Moderna e Contemporânea da Sotheby's, reuniu um painel de comentadores e profissionais especializados e de alto nível.
Moderado por Alexis Akwagyiram, Editor-Chefe da Semafor Africa, o painel explorou tópicos como o sucesso fenomenal da música Afrobeats, o papel dos governos no fomento das indústrias criativas de África e as oportunidades disponíveis no sector para o investimento internacional. Para além de Idris Elba, o painel era composto por Smooth Nzewi, Curador de Pintura e Escultura no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) e Dana Endundo Ferreira, CEO e fundadora da galeria de arte digital Pavillon 54.
"À medida que a população jovem de África cresce, amadurece e se liga mais profundamente aos mercados globais, a sua voz criativa só vai aumentar", diz Ziad Dalloul, CEO, Presidente e Fundador da Africell. "Levamos as artes e a cultura africanas muito a sério porque nos permitem compreender melhor os nossos clientes. Este evento teve como objectivo destacar temas actuais no espaço e apresentá-los a um público internacional".
O painel de discussão teve lugar no penúltimo dia da exposição bi-anual de Arte Africana Moderna e Contemporânea da Sotheby's. Foram exibidas mais de 90 obras de artistas de 23 países, com o leilão final a gerar um total combinado de 1,3 milhões de libras - o total mais elevado para uma venda do género na Sotheby's desde outubro de 2022. A Sotheby's também estabeleceu recordes de leilão para seis artistas, e um terço dos lotes vendidos excedeu as suas estimativas elevadas - prova de que o interesse e a confiança nas artes africanas estão mais fortes do que nunca.
Hannah O'Leary, Directora de Arte Africana Moderna e Contemporânea da Sotheby's, afirma que "Foi um grande privilégio acolher um painel de discussão tão inovador na Sotheby's. A minha missão sempre foi apresentar a incrível variedade e diversidade de talentos no continente e agora, mais do que nunca, parece que a arte africana está na vanguarda, cativando a imaginação dos coleccionadores e do público em geral. No entanto, ainda há muito mais para descobrir - a sua história profunda, individualidade e caleidoscópio de culturas - e é emocionante fazer parte desta viagem, à medida que os criativos de África e da diáspora se tornam, por direito, cada vez mais proeminentes no palco global."
O evento representou a primeira fase de uma colaboração a longo prazo entre a Africell e a Sotheby's, com um calendário de iniciativas conjuntas centradas nas artes a ter lugar em Angola e na República Democrática do Congo no final do ano.
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